A afirmação foi feita durante evento para assinatura de contrato com a Pfizer para compra de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19
Agência Brasil |
O ministro da Saúde, Marcelo Querioga,
disse nesta segunda-feira (29) que a ômicron, nova variante do coronavírus, “é
de preocupação, mas não desespero”. A afirmação foi feita durante evento, em
Salvador, para assinatura de contrato com a Pfizer para compra de 100 milhões
de doses de vacinas contra a Covid-19.
O ministro citou o esquema de
vacinação no país ao falar da nova cepa. “Temos a tranquilidade de enfrentar a
imprevisibilidade de um inimigo perigoso, que é o novo coronavírus”, afirmou.
“Há três dias, foi anunciada uma nova
variante, que foi inicialmente descrita na África do Sul, a variante ômicron. E
eu falei: ‘é uma variante de preocupação, mas não é de desespero’”, disse. “Não
é uma variante de desespero porque temos autoridades sanitárias comprometidas
com assistência de qualidade.”
No fim de semana, Queriga disse que os
cuidados que a população deve tomar em relação à variante ômicron, inicialmente
identificada na África do Sul, são os mesmos aplicados a outras cepas da Covid
que já circulam pelo mundo.
“Gostaria de tranquilizar todos os
brasileiros porque cuidados com essa variante são os mesmos cuidados com as
outras variantes. A principal arma que nós temos para enfrentar essa situação é
a nossa campanha de imunização”, destacou em uma live nas redes sociais.
O secretário de Vigilância da Saúde do
Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, ressaltou que, além da imunização, as
pessoas precisam continuar adotando as medidas não farmacológicas e até evitar
viagens para lugares em que a nova cepa esteja circulando para evitar a
contaminação.
“Dadas as mutações que poderiam
conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem
em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague
pelo mundo é elevada”, afirmou a OMS nesta segunda. Até o momento, não houve registro
de morte associada à variante.
Sobre a compra de vacinas, Queiroga
disse no evento em Salvador, que o ministério tem um remanescente de 134
milhões de vacina de 2021 para uso no ano que vem, mais 100 milhões de doses da
Pfizer, com a chance de expansão para compra de mais 50 milhões, e 120 milhões
da AstraZeneca, totalizando ao menos 354 milhões de doses. A Coronavac,
produzida no país pelo Instituto Butantan, não faz parte da lista citada pelo
governo.
Na semana passada, a Folha mostrou que
o Ministério da Saúde prevê a compra de 220 milhões de doses de vacinas contra
a Covid-19 para a campanha de imunização de 2022. O investimento projetado é de
R$ 11 bilhões. A pasta estima que serão necessários 340 milhões de vacinas para
o ano que vem.
Segundo o ministro, foi preciso uma
integração entre vários ministérios para a assinatura do contrato desta
segunda. “Foi feita realocação [do Ministério da Cidadania] de verba de R$ 7
bilhões para adquirir esse reforço para o Programa Nacional de Vacinação”, afirmou.
O Ministério da Saúde pediu à equipe
do ministro Paulo Guedes (Economia) o aumento de R$ 1,4 bilhão no orçamento de
2021 para garantir a compra de 100 milhões de vacinas da Pfizer para a campanha
de 2022.
O recurso extra, que deve ficar dentro
do teto de gastos —regra que limita o aumento das despesas públicas—, seria
usado para pagar antecipadamente 20% do contrato de R$ 7 bilhões com a Pfizer,
uma imposição da farmacêutica na negociação pelas doses.
A Pfizer disse, em nota, que não
comenta detalhes das negociações que mantém com o governo.
“É a reafirmação do governo para o fim
da pandemia”, afirmou o ministro, que estava ao lado de João Roma, titular da
pasta da Cidadania.
Queiroga negou que houve atraso
atrasou na compra de vacinas e criticou o que ele chamou de “falsas narrativas”
sobre a demora na imunização contra a Covid-19 no país.
(Agência
Brasil) www.jornalaguaslindas.com.br
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