Bolsonaro diz que tomará medidas racionais contra nova variante
Agência Brasil |
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje
(26) que o Brasil e o mundo não aguentam um novo lockdown, ao comentar sobre a
possibilidade da chegada de uma nova variante da covid-19, como está sendo
cogitada com a cepa surgida na África do Sul e que tem se espalhado por outros
países. Ele participou, nesta tarde, das comemorações do 76° Aniversário da
Brigada de Infantaria Pára-quedista, no Rio de Janeiro.
“Tudo pode acontecer. Uma nova
variante, um novo vírus. Temos que nos preparar. O Brasil, o mundo, não aguenta
um novo lockdown. Vai condenar todo mundo à miséria e a miséria leva à morte
também. Não adianta se apavorar. Encarar a realidade. O lockdown não foi uma
medida apropriada. Em consequência da política do ‘fique em casa e a economia a
gente vê depois’, a gente está vendo agora. Problemas estamos tendo”, disse
Bolsonaro.
Sobre a possibilidade de fechar
fronteiras, o presidente disse que não tomará nenhuma medida irracional. Também
disse que não tem ingerência sobre a realização de festas de carnaval, que são
afeitas aos níveis estaduais e municipais de governo.
“Eu vou tomar medidas racionais.
Carnaval, por exemplo, eu não vou pro carnaval. A decisão cabe a governadores e
prefeitos. Eu não tenho comando no combate à pandemia. A decisão foi dada, pelo
STF, a governadores e prefeitos. Eu fiz a minha parte no ano passado e continuo
fazendo. Recursos, material, pessoal, questões emergenciais, como oxigênio lá
em Manaus”, disse.
Segundo ele, o Brasil é um dos países
que melhor está saindo na economia na questão da pandemia. “Nós fizemos a nossa
parte. Se o meu governo não tiver alternativas, todo mundo vai sofrer, sem
exceção. Não vai ter rico, pobre, classe social. Temos certeza que dá para
resolver esses problemas. Eleições são em outubro do ano que vem. Até lá, é
arregaçar as mangas, trabalhar. Tem 210 milhões de pessoas no Brasil que, em
grande parte, dependem das políticas adotadas pelo governo”, ressaltou.
Sobre a aprovação do projeto de lei
que limita o pagamento dos precatórios – dívidas públicas com ordem
judicial de pagamento -, a maioria com muitos anos de atraso, Bolsonaro frisou
que não prejudicará os mais pobres.
“Dívidas de até R$ 600 mil, nós vamos
pagar. Nenhum pobre, que há 20, 30, 40 anos tem dinheiro para receber, vai
ficar sem receber. Agora, quem tem para receber mais de R$ 600 mil, e só Deus
sabe como aparece esse precatório, nós vamos parcelar isso daí”, disse.
Brigada Pára-quedista O presidente participou das
comemorações do 76° Aniversário da Brigada de Infantaria Paraquedista, onde
serviu quando estava no Exército. Devido ao cancelamento no ano passado, por
causa da pandemia, este ano o evento envolveu duas turmas de jubilandos de 25
anos e duas de 50 anos.
A cerimônia contou com demonstrações
de salto livre dos Cometas, a Equipe de Salto Livre do Exército e da Companhia
de Precursores Pára-quedista, tropa de destaque dentro da Brigada. Também teve
desfile da tropa de veteranos paraquedistas.
A Brigada de Infantaria Pára-quedista,
tropa de elite com alto grau de operacionalidade, foi criada em 1945, tendo
como origem a Escola de Pára-quedistas. Ao longo das últimas décadas, a Brigada
conquistou a confiança e o respeito no país e na comunidade internacional,
devido à participação em diversas operações de paz da Organização das Nações
Unidas (ONU).
“Retornar a esta casa é uma emoção
incomensurável. Por aqui passei por quatro anos. Me sinto aquele jovem tenente,
que cheguei aqui em 1982, com muita vontade e muito amor para servir à nossa
Pátria. Naquele tempo já pensava, vamos um dia não só saltar da rampa, vamos
subir a rampa do Planalto Central. Chegamos à Presidência da República.
Começamos a impor o ritmo da honestidade e do patriotismo. Problemas
aconteceram ao longo dos últimos três anos, mas permanecemos firmes na vontade
de acertar e fazer o melhor para a nossa pátria”, disse Bolsonaro, em seu
discurso.
(Agência
Brasil) www.jornalaguaslindas.com.br
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