Única escola no pequeno povoado de Mocambinho fechou na quinta (2/12) e não abriu mais; Wanderson Protácio teria sido visto na região
Foto: Vinícius Schimdt |
A Escola
Municipal Fleury Adrião de Siqueira, única do distrito de Mocambinho, no
município de Gameleira de Goiás, está com as aulas suspensas desde a
quinta-feira (2/12) por conta do medo em torno das buscas pelo caseiro Wanderson Mota Protácio, de 21 anos. Nesta sexta (3/12), quinto dia de
buscas pelo suspeito de crimes, a escola também não abriu.
O jovem
teria sido visto circulando na região bem próxima ao povoado na manhã de
quinta. Um motoqueiro teria dado carona a uma pessoa desconhecida parecida com
Wanderson. O jovem é apontado como autor de três crimes bárbaros em sequência em
Corumbá de Goiás no último domingo (28/11). Após as mortes, teria fugido
primeiro para Alexânia e depois para Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal.
As cidades são próximas a Gameleira. A escola municipal tem cerca
de 250 alunos, a maioria da zona rural, justamente onde Wanderson teria sido
visto e onde se concentram as buscas das forças policiais pelo suspeito. Ainda
na quinta, com autorização da secretaria municipal de educação e por precaução,
os alunos que estavam em sala de aula foram liberados para voltarem para suas
casas mais cedo. A medida foi mantida para este último dia útil da semana.
Veículos caracterizados e
descaracterizados da Polícia Militar circulam pelo local desde quinta. O local
passou a ser foco das buscas que anteriormente estavam concentradas entre
Abadiânia e Alexânia.
O clima é de apreensão no
povoado, que tem menos de 400 moradores. A tensão também se espalhou pela
região rural, onde Wanderson ele estaria circulando. O suspeito, aliás, não
desconhece a região. Ele já trabalhou em atividades rurais em lavouras de tomates em
Abadiânia e morou em Goianápolis, que também fica próxima. Durante a
noite, houve rumores de tiroteio no povoado de Mocambinho. Estampidos de tiros
foram ouvidos. No entanto, ao verificar a situação, a polícia descobriu que
eram alguns moradores soltando bombinhas próximo a um matagal. Na manhã de
quinta, um trabalhador rural estava em uma motocicleta a caminho da fazenda de
soja que trabalha quando deu carona para o homem. Esse homem teria sido levado
até a entrada da propriedade, onde teria descido da garupa com o veículo ainda
em movimento. Dali, teria corrido na direção de uma mata conhecida como
cascalheira, que é na divisa entre duas plantações de soja. Um colega que vinha logo
atrás teria visto a movimentação suspeita, confirmando a história. Intrigado
com a situação, o trabalhador rural então procurou a polícia, depois de ter
percebido a semelhança entre o caroneiro e o foragido.
O trabalhador rural que fez
a denúncia foi ouvido por policiais militares inicialmente. Uma equipe do Grupo
de Investigação de Homicídios (GIH) também esteve no povoado. Ele foi levado
para a Delegacia Regional de Anápolis, onde se concentram as investigações.
Os crimes em série de
Wanderson Protácio teriam sido praticados no fim da tarde de domingo (28/11).
De acordo com a Polícia Civil, o jovem teria matado a facadas a própria esposa,
Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, e a filha dela, Geysa Aranha da Silva
Rocha, de 2 anos.
Na sequência, o caseiro
invadiu a casa de um vizinho, roubou o revólver dele e matou a tiros o produtor
rural Roberto Clemente de Matos, de 73 anos. Ele teria cometido o crime para
roubar uma camionete. Neste mesmo episódio, teria tentado estuprar a esposa da
vítima, de 45 anos, não conseguiu e a baleou. A mulher sobreviveu.
A caminhonete roubada foi
abandonada em uma rodovia da região. Wanderson vendeu o celular que pertencia a
sua esposa a um receptador de Alexânia, que acabou sendo preso. Da cidade, ele
fugiu de táxi pelo menos até Abadiânia. Um taxista confirmou
ao Metrópoles que fez a viagem e relatou o perigo que
enfrentou sem saber. Essa onda
de crimes não é única passagem de Wanderson pelo mundo do crime. Em 2019, ele esfaqueou várias vezes uma jovem de 18 anos no dia do aniversário
dela. O caso foi em Goianápolis (GO). O agressor só parou com os ataques porque
a faca quebrou. Ele chegou a ser preso pela tentativa de feminicídio, mas foi
solto. Chama a
atenção o caso de Wanderson e as semelhanças com a história do criminoso Lázaro
Barbosa, de 32 anos, que cometeu crimes em série no Entorno do DF em junho
deste ano. Após cometer homicídios em sequência, o também caseiro passou 20
dias fugindo das forças policiais na região, até ser morto em um confronto no
dia 28 de junho. (Metrópoles)
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